domingo, 18 de julho de 2010

Louis e o poder econômico do new rich latino




-Gisele, que você ta querendo de aniversário?
-Ah sei lá mãe...
-Olha que idéia boa: vou te dar uma bolsa.
-Pode ser.
-Muda essa cara de lombriga morta menina, eu quero te dar umas “Louis vuitton”...
-Ah que lindo , agora você começou a cagar dinheiro?
- Pra que estudar e trabalhar se a gente não pode gastar 2 mil reais num pedaço de couro pra sair com ele debaixo do braço? Eu quero comprar! E olha como elas são chiques, você vai ser uma garota diferenciada, aposto que nenhuma das suas amigas tem. Vão ver que você tem cacife.
-Mãe, elas são bonitas mas... sinceridade eu não gosto.
-Por quê? Eu me sinto poderosérrima com a minha.
-Mas eu não quero! A vida é minha e eu faço o que eu quiser!
-Mas eu quero que você use! Eu quero que todo mundo na rua veja que a MINHA filha tem uma Louis Vuitton, que ela não é uma menininha idiotinha qualquer... Eu vou te dar e você vai usar... E acabou porque você não trabalha quem te sustenta sou eu e pronto... Quero que vejam que você não é uma bobinha largada, que a sua família te ama.
-Mãe aqui que ta. Eu não gosto porque esses monogramas em cada canto da bolsa, essa coisa chamativa, as lojas douradas é muita coisa de New Rich estentador.
-Mas nós somos novos ricos! Hello... cadê a ideologia pequeno burguesa?
-Mãe esse é o ponto: a senhora foi alpinista social, eu já nasci burguesa. Eu não quero essa merda.
-Então você prefere uma channel?
-Ta, pelo menos faz mais meu estilo.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

carrie way of life


Aqui estou eu oito horas da noite (da tarde) ouvindo ramones e escrevendo um texto no meu novo laptop para me sentir na pele da Carrie Bradshaw, colunista fictícia da série Sex and the City.
My loved Carrie é interpretada pela Sarah Jessica Parker, ambas eu admiro porque sao feias, até um pouco estranhas e passam vergonha porém sao sagazes e estilosas. O tipo que ninguém escolheria ser mas que todos admirariam.
Sao pessoas, pessoas normais mas sendo verdadeiras, esculachadas e/ou engracadas se tornam fantásticas. Sao fantasticas apenas com bom humor.
Afinal chega de “coisas” extremamente bonitas, inteligentes, gostosas, ricas. A heroína consumista, solitária e feinha é o retrato de milhares de pessoas maravilhosas que passam em out gracas a gente “very perfect”.
As personagens corretas, responsáveis, lindas, educadas mesmo se forem conhecidas serao sempre personagens, nao foram feitas para se entrosar, aquela perfeicao e total adequadacao as normar da sociedade no geral é coisa de gente mal amada e irrita. Sao personagens previsíveis, desinteressantes. Tudo demais é problema, perfeicao em excesso é chatice.
Entao viva aos glamurosamente normais!